6 de set. de 2007

Enfrentando as feras

Na quinta-feira, 30 de agosto, este amigo de vocês participou na Câmara Federal, como representante da ABAP, da audiência pública que discutiu o projeto de lei 5921/2001 do deputado federal Luiz Carlos Hauly, que propõe a proibição da publicidade dirigida às crianças. Junto com Gilberto Leifert, presidente do Conar, defendemos a liberdade de comunicação comercial, dentro das restrições estabelecidas no Código de Auto-Regulantação Publicitária. O código, aliás, é um dos mais severos do mundo quando se trata de anunciar produtos infantis. Portanto, bandeiras que sugerem censura não acrescentam nada de positivo e, ainda, insuflam o autoritarismo. O fato, meus amigos, é que por trás de todo projeto de lei é provável que haja um marqueteiro soprando idéias na cabeça de um político: vá por aqui, chefe, que isso rende e dá midia...

3 de set. de 2007

O grito das bonecas


O mundo gay está em polvorosa. Tudo porque, numa discussão no Senado, Tasso Jereissatti digiriu-se a um exaltado Almeida Lima com ironia, utilizando um tratamento reservado, em tese, ao mundinho gls: "boneca". Que fofo! O curioso da história é que Almeida Lima, que mostrou-se ofendido com a "acusação", ganhou a solidariedade dos gays. Não estou entendendo: se alguém me chamar de "boneca" e eu me ofender estarei sendo politicamente correto? O correto não seria responder alguma coisa como: "O nobre senador Jereissatti tenta ofender-me, ao me chamar de 'boneca', demonstrando o seu preconceito e o seu desprezo pelos homossexuais. Pois saiba, senador, da minha parte, embora não seja homossexual, aceito de bom grado o título, pois que ele caracteriza uma parcela importante da sociedade brasileira que merece todo o meu respeito." Aí, sim, me parece que mereceria o apoio dos gays. Desculpem, mas no momento em que se mostra ofendido por ser chamado de "boneca" estará sendo tão preconceituoso quanto Jereissatti. Portanto, não se deixem guiar pelo impulso da raiva que leva ao equívoco. Os dois são machistas e preconceituosos.

Correndo atrás do rabo

Tenho a impressão de que se a Justiça resolvesse trazer à tona todas as encrencas envolvendo os homens públicos da Paraíba não sobraria ninguém para apagar a luz do Castro Pinto. É incrível. Primeiro, começamos a assistir a agonia de Cássio Cunha Lima, cassado pela TRE por 5 x 0, e agora adiando o quando pode sua cassação, em Brasília. Depois passamos a assistir a agonia daquele que, segundo Cássio, seria o responsável por sua agonia: Roberto Cavalcanti, proprietário do Sistema Correio e suplente de José Maranhão. Cavalcanti ocuparia a cadeira de senador caso Cássio seja cassado e Maranhão venha a assumir o governo. Tudo assim, encadeadinho, não fosse a novidade de que Cavalcanti também estaria encrencado com a Justiça. Lembro que durante a campanha de 2002 fui desencorajado a perseguir certas denúncias com grande potencial de estrago político envolvendo adversários nossos. Motivo: na Paraíba você sai de casa investigando pela porta da frente e acaba em casa de novo pela porta dos fundos.